DOIS POEMAS: "descobri que todos os meus poemas são teus" e "ambiguidade"

DESCOBRI QUE TODOS OS MEUS POEMAS SÃO TEUS

Descobri que todos os meus poemas são teus...
pouco importaram os olhares, os sorrisos, as línguas,
os beijos, os abraços, os corpos, os apertos e as fotografias...

Sorriso com a lascívia do teu, nunca encontrei jamais,
foram errantes os beijos, estéreis as salivas
e boca nenhuma cobiçou em tal cobiça a minha boca...

De todos os abraços, sequer um se justapôs ao teu,
foram fracos os corpos, inermes os encaixes
e ninguém me fotografou como a luz do teu olhar...

Pouco importaram os ribeiros, os francos e os santos,
os felintos felinos, os oliveiras, o tempo dos bontempos,
os duques nas estradas e os carvalhos da vida...

Descobri que todos os meus poemas são teus...
pouco importaram os olhares, os sorrisos, as línguas,
os beijos, os abraços, os corpos, os apertos e as fotografias...

Sílvia Mota.
Cabo Frio, 9 de novembro de 2008 - 23:13hs.

*************************

AMBIGUIDADE

ser ambíguo e sensual,
és Urano e Plutão,
príncipe e demônio:
delírio em tormento


Sílvia Mota.
Cabo Frio, 8 de novembro de 2007 – 12:51hs.

Nenhum comentário: