lê meus poemas devagar




Lê meus poemas devagar,
como se me soubesses quem sou,
e me sentisses mulher
num canto macho de ti...

Lê meus poemas devagar,
como se me fizesses dormir,
enfeitiçasses meu olhar,
ou anoitecesses meus cabelos...

Lê meus poemas devagar,
como se me cerrasses a boca,
alisasses minha pele,
ou aquietasses meus pelos...

Lê meus poemas devagar,
como se me lambesses a orelha,
lisonjeasses meu pescoço,
ou mordiscasses meus seios...

Lê meus poemas devagar,
como se me esculpisses o umbigo,
burilasses minha virilha,
ou transpusesses meu anseio...

Lê meus poemas devagar
como se me apertasses nas coxas,
acarinhasses meus joelhos,
ou engalanasses meus pés...

Lê meus poemas devagar
como se me adentrasses o corpo,
fotografasses meu deleite,
ou transcendesses meus sonhos...

Lê meus poemas devagar
como se me poupasses a vida,
armazenasses meus suspiros,
ou reverenciasses meus medos...

Lê meus poemas devagar,
como se me ajeitasses na boca,
e me sentisses esvair
para bem além dos teus ais...

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Sílvia Mota - "Poeta do Amor e da Paz"
Cabo Frio, 23 de novembro de 2008 – 5h41min.
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2 comentários:

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz disse...

Professora Ricardo escreve:

Simplesmente...
N O S S A!!!
Tô com medo!!!!
Destarte isso, vai escrever bem assim lá na Universidade!!!

Comentário postado em: 26 de Novembro de 2008 12:34 (site antigo)

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz disse...

Comentário do poeta Deo Sant'Anna, colocado no Site da Magriça, em 3 de janeiro de 2009:

"Obrigado por me ensinar,
A ler seus poemas,
Se antes me faziam divagar
Agora meu sistema
De ler e entender vai se alterar
Antes me punha em sintonia
Agora me ponho no lugar
E em harmonia!
Me ponho a sonhar
Realizando os sonhos da tua poesia!"

Disponível em: http://www.notivaga.com.br