jamais saberás

jamais saberás,
se fui verdade em mentira,
ou mentira na verdade;
se gozei nos teus abraços
ou me abracei ao teu gozo.

jamais saberás,
se salivei no teu gosto
ou meu gosto te entreguei;
se me perdi no teu sexo
ou teu sexo desvendei.

jamais saberás,
se inspiraste meus poemas
ou se me fiz teu poema;
se no homem me encontrei
ou me encantei no poeta.

jamais saberás,
só eu sei.

se certeza tiveres de que sabes,
nem sabes que não me soubeste.

jamais saberás,
só eu sei.

Sílvia Mota.
Cabo Frio, 8 de maio de 2008. - 16:32hs.

Um comentário:

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz disse...

No fundo ninguém sabe... às vezes nem nós mesmas sabemos...rs

lindo texto... dá vontade de imprimir e pregar pelos muros da cidade... para cada homem, cada mulher, cada um que pensa em saber o outro!
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Comentário da poetisa Raquel Donegá, postado no Site da Magriça, em 24 de março de 2009, às 22:05:00hs.