olhos que amei...

ETERNO AMOR: AZUL INIGUALÁVEL
Minha infância e adolescência foram pautadas
nas músicas que você compunha, no som do seu piston...
E foi no seu olhar que descobri o azul
jamais encontrado em nenhuma das minhas palhetas.

AMOR PERDIDO PREMATURAMENTE
Seriam castanhos ou seriam negros?
Não... não me recordo qual a cor destes olhos,
mas posso sentir a força que deles emanava...
Era pequena demais
para entender
a falta que você me fez...

PURO AMOR: AZUL TRANSPARENTE: AMEI, AMEI, AMEI...
O teu amor escravo de mim...
Explorei ao extremo aquele amor...
Fiz de ti, através dos teus gestos,
o escravo convicto das minhas paixões...
Te sorria e te chorava
e com isso te encantava...
e me ninavas e amavas...
e eu te sorria e amava...

PECADO ORIGINAL: AZUIS DA COR DO CÉU
Meus ciúmes nasceram em ti
Tão pequena e possessiva
teu amor deveria ser meu
e de mais ninguém...
Tão menina e vingativa,
deixei de te olhar,
quando olhaste outro alguém...
Depois, vieste sorrindo,
docemente, ainda me lembro...
e ao sabor da tua palavra
sucumbi e me entreguei
ao charme profundo e ardente
da luz do teu bonito olhar...
Mas, desde então,
não sei o por quê,
associei o meu amor aos meus ciúmes...
Cabo Frio, 22 de outubro de 2008 - 19:46hs.

AMOR PRIMAVERIL: ESVERDEADOS... INIGUALÁVEIS
Desejaria mirar as paisagens no horizonte,
bem além que o próprio além,
tendo os olhos cheios de perguntas
me encontrando nas respostas!..
Olhar a praia imensa,
branca... tão branca como tela virgem,
onde alguém rabiscou com maestria
as ondas grandes, o céu, coqueiros,
jangadas
e até barquinhos de papel!
Pular maré com ilusões,
fugir da horrível saudade,
brincar de esconde-esconde com o amor...
Passar de estrela em estrela,
vestir-me de lua,
procurar no céu escuro
um sonho meu que fugiu durante o dia
nas asas brancas, prateadas
do passarinho ilusão!
Olhar o mar, cantar estrelas,
brincar de amor, sorrir sonhar...
Mas não com esta minh'alma hoje consciente
da inocência dos seus olhos de criança.
Olhos cheios de perguntas,
mas vazios de respostas!..
Sílvia Mota. Piquete, 1966.

POÉTICA INOCÊNCIA: OLHOS CASTANHOS
Não foste, para mim,
nada mais do que pudeste ser:
meu primeiro namorado;
e eu te fui um pouco mais
do que não queria ser:
tua saudade...
Cabo Frio, 22 de outubro de 2008 - 20:32hs.

PLATÔNICO E INOCENTE DESEJO: OLHOS CASTANHOS
Fui teu pônei encantado - fugidio -
e foste o titã da minha adolescência...
Encantei-me co'a força dos teus braços,
em contraste à ternura do teu olhar.
Vi a beleza de ti
onde ninguém te via.
Fui tua fantasia
onde nunca foste meu,
foste meu sonho
onde não poderia jamais ser tua...
Pureza sensual...
sensual pudor
de mim e de ti...
e um nunca mais...
Cabo Frio, 22 de outubro de 2008 - 20:29hs

TRAIÇOEIRA DESILUSÃO: OLHOS CASTANHOS
foste a primeira traição
e findaste por ser
a primeira desilusão

PERIGO SENSUAL: OLHOS NEGROS
Ahnn! Teu olhar no meu olhar:
descoberta e maldade da inocência em fragor!
Ah! Teu olhar no meu sonhar:
efêmero estampido na minha eternidade!
Cabo Frio, 22 de outubro de 2008 - 21hs

DOCE E ALEGRE PAIXÃO: OLHOS COR DE MEL
Eras do tempo...
O sorriso da primavera seria mais bonito
se tivesse o formato da sua boca.
A alegria do verão seria eterna
se o sol brilhasse como o brilho dos seus olhos.
As folhas do outono cairiam para sempre
se pudessem eternamente cobrir a pele que recobre o seu corpo.
O choro do inverno seria menos triste
se nos invernos todos desta minha vida,
tivesse você por inteiro...
e, com você, o Amor!
Sílvia Mota, primavera 1985.

PAIXÃO, PERFEITA PAIXÃO: OLHOS AMARELADOS
não consigo imaginar teu sorriso
fora do alcance dos meus olhos,
nem essa alma brincando
em outras nuvens que não sejam
as do céu que conquistamos juntos...
Primavera, 1988.

VERDADEIRO AMOR: OLHOS CASTANHOS

AMOR? PAIXÃO? AMOR? ATÉ HOJE, NÃO SEI DIZER: OLHOS CASTANHOS
Delírio de amor
Nos delírios da minha juventude,
nunca te vi, nunca te vi,
porque nem sonho eras...
em meus quarenta,
jovem belo te encontrei,
e folgamos no amor e na paixão.
Por sinuosos espaços da vida
eu bem-te-vi, mas, mal-te-vi,
em meus cinqüenta,
jovem velho te perdi.
Sílvia Mota. Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2004.

MELANCÓLICA SEDUÇÃO: OLHOS DA COR DA ALMA

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