Exumação

Arranco do peito
este amor desfeito,
insatisfeito,
imperfeito.

Grudo na parede
esta foto que fede,
despede,
excede.

Trinco no dedo
este anel enredo,
segredo
azedo.

Rasgo no dente
esta calcinha indecente,
abducente,
conivente.

Choro na cama
esta solidão lama,
melodrama,
pijama.

Peço em queixume,
esse corpo perfume,
negrume,
ciúme.

Depois que sufoco,
jugulo e provoco,
choco-te:
por outro... troco-te.


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 16 de julho de 2009 – 23h32

Nenhum comentário: