Réplica agressiva

Não te iludas.
Sei quem fui,
o que sou,
o que te dou,
o que não te dou.
o que desejo de ti.

Não me iludas.
Sei quem foste
quem és,
o que me dás,
o que não me dás,
o que desejas de mim.

Assim
Uso-te
Ouso-te
Abuso-te
Recuso-te
Fiz-te muso
Sei-te difuso
Olho-te efuso
Bebo-te infuso
Leio-te profuso
Deixo-te recluso
Entendo-te druso
Adubo-te contuso
Descrevo-te obtuso
Desnudo-te confuso
Descortino-te intruso
Corrompo-te parafuso
Harmonizo-te concluso
Descubro-te inconcluso.

Não me iludas,
que eu não te iludo.
Necessitas de mim,
pois sou teu início, meio e fim.
Não preciso de ti,
não estreei em ti,
não me ampliei em ti,
e, muito menos, és meu fim.
Não me iludas,
que eu não te iludo.
E, fim.


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 7 de outubro de 2009 – 19h10

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