Teu coração já me vê
tão insana e sensual,
na irrequieta estranheza
desse modo desigual
de arranhar o teu rosto
e num furor de tigresa
espremer todo meu gosto
lá prá dentro de ti.
Menina mulher inocente
pouquinho de lua e de sol,
sabor de fruta romã
na língua em tom de arrebol
lambuzo o imenso prazer
de menina ou cortesã
e no meu jeitinho de ser
dou-te meu corpo, impotente.
Sílvia Mota.
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 1993.
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