Não provoques a minh'alma, por favor...
Não provoques o sentimento
mais bonito e sensual
da minha fantasia de mulher
que vira menina
só de estar ao teu lado.
Não provoques a minh'alma, por favor...
Não provoques o beijo adormecido
que prometes despertar
no calor da tua língua.
Não provoques a minh'alma, por favor...
Não provoques minha volúpia
já esquecida do prazer.
Não provoques a minh'alma, por favor...
Se não podes ser o sonho
desta alma ensandecida,
nem o sabor deste desejo escondido,
não provoques, por favor...
Sílvia Mota.
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 1988 – à tarde.
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