Se acreditasses em mim,
eu diria, agora, ao teu ouvido,
a minha maneira esquisita
de te amar,
sem te ver,
sem te fazer amor
e sem ao menos saber se
pensavas em mim
um instante ao menos...
Se acreditasses em mim,
eu diria, agora, no ouvido
da tua alma,
que eu deixo tudo no mundo
para viver um instante de amor
contigo...
Se acreditasses em mim,
realmente,
eu não precisaria escrever mais nada,
pois sentirias tudo isso
nas lágrimas teimosas
que não se cansam de escorrer,
desavergonhadas,
mas tão verdadeiras,
na saudade que ainda sentem
de ti.
Sílvia Mota.
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 1988 – à tarde.
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