Hoje pela manhã,
coloquei você
na minha oração.
Uni as mãos e confundi sua presença
na oração aos deuses,
implorando proteção
à lembrança do seu sorriso.
O oráculo da minha vida
foi seu corpo
e, no objeto de adoração da minha fé,
entrevi você.
A alma deixou-se arrebatar
e fervilhou o sangue
no fervor do amor.
Consegui ser eu
e no interior de mim
fui mim e você
na oração
e fé.
Fiz da sua voz o mantra suave
da minha saudade,
transformando nosso sonho
em deus e deusa,
mas no apelo de ser sua,
só fui minha,
no momento triste e revelador
da introspecção.
Hoje pela manhã,
coloquei você
na minha oração...
Sílvia Mota.
Rio de Janeiro, 14 de junho de 1988 - 17hs.
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