permita-me sonhar!

Eu queria ser um pedaço de lua,
eu queria ser um pedaço de mar,
de flor, de chão...
Eu queria ser um pedaço de amor,
uma canção incompleta,
uma ilusão...
Eu queria ser o poema sem fim,
a pintura eterna,
o relógio sem corda,
o lençol rasgado e manchado de amor.
Eu queria ser a água da chuva,
o canto desafinado,
o sapato furado...
Eu queria ser essa mulher amada,
que abraça o nada e tem tudo
num instante impossível de se entender.
Eu queria ser a lágrima do olhar brilhante,
a cadência do samba,
a noite...
Eu queria ser um pedaço de lua,
eu queria ser um pedaço de mar,
de flor, de chão...

Sílvia Mota.
Rio de Janeiro, das 20:30 às 20:35hs de um dia de 1989...
Deste poema, nasceu um quadro, com o mesmo nome.

Um comentário:

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz disse...

"PERMITA-ME SONHAR! Apenas duas palavras: Parabéns! Aplausos!"

Comentário do poeta Deo Sant'Anna postado no Site da Magriça em 6 de abril de 2009, às 11:32:00hs.