requinte

enrola teu pensamento
nos cabelos soltos
dos meus versos
e faça deles a crina
da tua montaria

chicoteia cada rima
escondida no silêncio
do meu canto
e rasga a blusa sensual
da minha poética

beija as verdades ocultas
nos buracos guturais
do meu corpo
e morda cada palavra
das minhas mentiras

encosta teus apelos
na parede nua e crua
da minha inspiração
e arromba as dobras nocivas
dos meus segredos

uiva teus uivos todos
na animália exangue
do meu estro solto
e afoga os lumes incendiados
das minhas crepitações

afina a ponta do lápis
nas alamedas trôpegas
do meu sentir e, se errei,
reescreva meu poema livre
na cadência das estrelas

Sílvia Mota.
Cabo Frio, 13 de novembro de 2008 – 01:34hs.

2 comentários:

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz disse...

Professor Ricardo disse:

...uiva teus uivos todos
na animália exangue
do meu estro solto
e afoga os lumes incendiados
das minhas crepitações...


Avaliando esse excerto do poema em questão, só me resta comentar:
NOSSA, tem que ser maior de 18 prá ler esse né?

Comentário postado em?: 24 de Novembro de 2008 (site antigo) 06:54

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz disse...

maravilha de texto parabens!

Lusinaldo (Registered) 2009-03-29 06:43:41

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Comentário postado no site Autores.com.br: http://www.autores.com.br/2008121813002/Literatura/Poesias/requinte.html

Comentário postado em: 19 de Abril de 2009 12:40 (site antigo)