alma incógnita

Não te quero ser em alma incógnita,
que míngua nas tuas tardes
e, não se faz, nas tuas madrugadas,
que se enterra nos cantos dos jardins
e só enflora na cor do teu pecado,
que sonega a purpurina da volúpia
e não te pode ter em serpentina,
que te faz bemol e se tem em sustenido,
mas, não pode discordar, do teu compasso...

Não te quero ser em alma incógnita,
mas, o estrelar favorito das estrelas
e, que não te denegues a vê-las,
pois quero soletrar-me no teu nome
e consumir-me no teu corpo,
marcar de roxo o teu colorido nu
e, não contar ao relógio, o tempo do adeus...
Quero ser tua neste momento - agora -
e, daqui a pouco, te vou querer também...

A não ser assim,
enforco-me nos teus cabelos!

Sílvia Mota.
Cabo Frio, 31 de maio de 2009 – 15:47hs.

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