Poema a um homem-deus tropical

Olhos amarelos rumorosos,
dorso forte, mãos pesadas,
lábios vermelhos, ignóbeis.
Retalhos de sol abrigam-te a tez,
protegem tua nudez
dos meus sádicos encantos...
Amante-deus multicor,
espartano, suntuoso esplendor,
digladia aos meus pudores,
vem comigo pecar.

Grunhido-fera-ruge salta-abate,
meu corpo se entrega, em carne viva,
aos apelos dos teus contracantos, reprimidos,
nas arenas cruéis dos meus ciúmes.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 13 de outubro de 2009 – 2h11

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