Meus sentidos nefandos,
coligados à esta vaidade fêmea,
carecem de platéia!
Por isso estou aqui,
a importunar tua leitura
e a provocar teu sexo cansado...
Apeteço-me ao teu olhar,
anseio teus beiços nos meus seios,
tuas mãos a bolinar meu rebolado langue
e esta carne fresca e plena,
prostituindo-se à iniqüidade sedutora
do teu sorriso afiado de vampiro!
Crava a sanguinolência
adocicada dos teus dentes
no virginal pescoço desta dama
que, ao menos, esta noite,
deseja todos os infernos
da tua eternidade!
Ofereça-me aos demônios,
estupra-me aos versos,
faça-me vampira em cada rima...
Mas... imploro-te que me permitas pecar,
por esta noite inteira,
no corpo inteiro do teu pecado todo!
Sílvia Mota.
Cabo Frio, 3 de janeiro, de 2009 – 6:32hs.
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